Mensagem de Meijinhos

widgeo.net
Aqui pode ouvir a Rádio Luso

domingo, 7 de fevereiro de 2021

CALENDÁRIO DE SEMENTEIRAS


 


 

CALENDÁRIO "O SERINGADOR"

Janeiro
"Luar de janeiro, sol de julho"

Se o tempo permitir, deve cuidar-se em lavrar as terras fortes e argilosas destinadas às sementeiras da primavera.
Devem fazer-se as cavas para os espargos, abóboras e batatas.

Fevereiro
"Neve em fevereiro, presságio de mau celeiro"

Preparam-se as terras para as culturas hortenses e semeia-se rabanetes, couve-flor, brócolos, repolho, cebola, cenouras, espinafres, beterraba, melão, pepinos, abóboras para temporão.
Em terras quentes, alface e todas as pevides azedas.

Março
"Se queres bom cabaço, semeia em março"

Planta-se cebolo e batatas.
Principiam as sementeiras de espargos e morangueiros.
Continua a sementeira de melão, pepino, e abóbora. Em terras quentes, alface, cenoura e todas as pevides azedas.

Abril
"Vinha que rebenta em abril, dá pouco vinho para o barril"

Semeia-se pepino, alho-francês e alface.

Maio
"Favas o maio as dá, o maio as leva"

Semeia-se abóboras, feijão de trepar, ervilhas, pepinos, melões, alface, cenouras, cabaças.
Plantam-se tomateiros e toda a qualidade de couves.

Junho
"Chuva em junho, peçonha do mundo"

Semeiam-se ou plantam-se: alfaces de repolho, alface romana, cenouras, couve-nabiça, couve-rábano, couve-rutabaga, couve sem repolho, cebola comum, espinafres, ervilhas, feijões, rabanetes, salsa.



Julho
“Julho quente, seco e ventoso, trabalha sem repouso”

Plantam-se nabos, cebolas, cenouras.
Semeiam-se couves tardias.
Nos melões e melancias, as regas devem ser abundantes mas pouco frequentes, para que os frutos não se tornem aquosos e sem sabor.
Quando tiverem atingido metade do volume, não se devem regar mais.

Agosto
“Os nabos querem ver o luar de agosto”

Semeiam-se rabanetes, alfaces, couve-flor, espinafres, favas, nabos, e cebola branca temporã.
Recolhem-se as sementes de ervilhas, favas, cenouras, beterrabas e couves.

Setembro
“Setembro molhado, figo estragado”

Sem indicações relevantes para a horta.

Outubro
“Outubro suão, negaças de verão”

Semeiam-se favas, nabos, alhos, espargos, espinafres, alfaces, rabanetes salsa.
Planta-se couve-galega, repolho, espargos morangueiros.
Dispõem-se ma terra dentes de alho, devendo preferir-se os maiores que depois darão cabeças mais volumosas.

Novembro
"Pelo S. Martinho, semeia o teu cebolinho"

As sementeiras são insignificantes nesta época. Ainda se semeiam alhos, cebolas e outras sementes de hortaliça.


Dezembro
"Em dezembro descansa, em janeiro trabalha"

Ainda se semeiam alhos, cebolas e outras sementes de hortaliça.

 


CALENDÁRIO "BORDA D' ÁGUA"

Janeiro
"Bons dias em janeiro enganam o homem em fevereiro"

Lavoura das terras e preparação das culturas de Inverno, como a da batata, iniciando-se onde for possível, a plantação precoce. Semear fava, ervilha, alface e rabanete.
No Norte e no Centro - semear couve-galega, nabo, nabiça, rabanete, salsa e tomate.
No Sul – semear cenoura, couves, ervilha, feijão, nabiça e tomate.
Em estufa ou cama quente - plantar pepino, melão, pimento. Semear canteiros de cenoura, alho, cebola, alface, ervilha, alho-francês e salsa.
Na Horta – semear (em canteiros ou alforges bem abrigados e defendidos das geadas) alface romana, couve repolho, e rabanete.

Fevereiro
"Neve em fevereiro, presságio de mau celeiro"

As terras para sementeira de primavera devem estar lavradas.
No Norte e Centro – semear alface (a transplantar em março - abril), couves, nabo, nabiça, pimento, alho-francês, repolho, feijão e tomate.
No Sul – semear abóbora, cenoura, couves, ervilha, pimento, feijão, nabiça, pepino, tomate e melancia. Transplantar as cebolas a colher em maio-junho e as couves semeadas em dezembro a colher em junho-julho (repolhos). Plantar batata (colher em junho).
Na horta – semeara alho-francês, beterraba, cebola, cenoura, coentro, couve-flor, espargos, ervilha espinafre, fava, feijão, melancia, nabiça, pimento, rabanete, repolho, salsa, segurelha e tomate.

Março
"Em março, onde quero eu passo"

Prepara a terra para o milho e a batata de regadio.
Na horta – preparar as estacas para feijões e ervilhas.
Semear abóbora, melancia, melão, pepino, salsa, tomate.

Abril
"As manhas de abril, são doces de dormir"

Em abril mondar a sachar os campos semeados no mês anterior; rega matutina.
Plantar espargos e morangueiros.
Na horta – semear (no Crescente) em local definitivo, abóbora, batata, beterraba, brócolos, cenoura, couves, fava, feijão, melão, melancia, nabo, pepino e tomate.
Nos últimos dias do mês, semear feijão temporão.

Maio
"O maio me molha, o maio me enxuga"

Semear girassol.
Na horta – (no Crescente), em local definitivo, semear e plantar aboboras, agrião, alface, beterraba, brócolos, cenoura, couves, espinafres, feijão, melancia, melão, nabo, pepino, pimentos, rabanetes, repolho.
Plantar tomate e tratar o já plantado com calda bordalesa.

Junho
"Junho floreiro, paraíso verdadeiro"

Na horta – semear em viveiro alface, alho-francês, repolho, couve-flor, couve-bruxelas, couve-nabiça, couve-rábano e couve-galega.
Em local definitivo semear cenoura, nabo, rabanete, salsa.
Colher a batata de fevereiro.
Cuidar dos morangos.
Continuar a sementeira de feijão para consumo em verde.
Plantar batata, pimento e tomate.
Colher cebola, alho e aipo da sementeira de janeiro.


Julho
“Em julho, debulhar”

Na horta – semear agriões, alfaces, cenoura, feijão de trepar e anão, nabo, rabanete, repolho, salsa, couve-Bruxelas, couve-nabiça e couve-flor.
Semear feijão-verde e alfaces (para antes dos primeiros frios do Inverno), nabos e couves tardias.
No final do mês, semear cenoura, rabano, salsa, beringela, cebola, cenouras, couves, espinafres de verão, feijão e tomate.

Agosto
“Quem casa em agosto, não casa a gosto”

Na horta – em local definitivo, semear agriões, espinafres, feijão, nabo, rabanete, repolho de inverno, salsa.
Em canteiro, semear acelga, alface e couve nabiça.
Cavar e sachar as hortaliças.
Em estufa, semear ervilha e feijão.

Setembro
“Em setembro, vindimar”

Na horta – semear, ao ar livre e em local definitivo, agriões, cenouras, feijão, nabo, rabanete, repolho, salsa.
Em canteiros, semear acelgas, alfaces, alho-francês, cebolas e tomates.
Plantar com as primeiras chuvas, os morangueiros, regando até pegarem.
Colher feijões e cebolas maiores para semente.

Outubro
“Em outubro, o lume já é amigo”

Na horta – resguardar do gelo e prepara canteiros para a sementeira de alface e cebola. Semear em local definitivo agriões, cenouras e rabanetes.
Colher feijões.
No fim do mês, plantar morangueiros, alhos e cebolinhas.
Colocar em local definitivo as couves de Primavera e a alface de Inverno.

Novembro
"Em novembro, põe tudo a secar, que pode o sol não voltar"

Na horta – semear agrião, alface, cenoura, couves, com exceção da couve-flor e brócolos. Plantar batata (nas zonas secas), alho, couve temporã, tremoço.
Semear fava, ervilha, e em camas quentes, alface, beterraba, cebola, nabiça, nabo, rabanete e tomate.

Dezembro
"Em dezembro chuva, em agosto uva"

Resguardar as plantas do gelo.
Onde mão houver geadas, continuam as sementeiras de cebola, couves, beterraba, nabiça, pimentos, tomate e salsa.
Em sítios abrigados pode-se ainda semear agriões, espinafres, alfaces, favas e ervilhas. 


 

sábado, 16 de janeiro de 2021

Difrenças de Meijinhos antes e de hoje

 Aproveitando a campanha Eleitoral partilho essas difrenças que os politicos nos fizeram, e se alguem tiver oportunidade de confrontar algum politico com esta questão seria bom.



quinta-feira, 7 de janeiro de 2021

Seminário em Ação de Promoção Vocacional

 Para lembrar e recordar

No passado dia 8 de fevereiro deslocara-se até à Paróquia de Meijinhos, concelho de Lamego, os seminaristas e formadores do Seminário de Nossa Senhora de Lourdes (Resende) para mais uma Ação Vocacional em paralelo com a festa de S. Brás, celebrada pela mesma comunidade, no dia acima referido.

A participação na solene Eucaristia e Procissão (pegando em alguns andores) não deixou as pessoas indiferentes, uma vez que, em diálogo com o pároco os fiéis quiseram oferecer a partilha da refeição com os seminaristas e seus formadores, sendo estes distribuídos por grupos de 2 elementos por casa família. Tal atitude, também, não passou indiferente aos seminaristas quando as pessoas demonstraram o desejo de lhes abrir as portas de suas casas.

Dizemos que o rosto do Seminário é o rosto de todos aqueles que o formam. É um facto. Cada um dos rapazes levou consigo o Seminário (uma casa) até uma família (outra casa).

Em dia que se escutara a passagem de S. Paulo “ai de mim se não evangelizar”, da Liturgia da Palavra do V Domingo do Tempo Comum, também os nossos rapazes tiveram a oportunidade de participar neste mandato do Senhor a propósito da evangelização, dando testemunho da sua vida e da sua experiência vocacional à imagem de Job que perante todas as dificuldades, pelas quais passou ao longo da sua vida, nunca deixou de confiar em Deus «Saí nu do ventre da minha mãe e nu voltarei para lá. O Senhor mo deu, o Senhor mo tirou; bendito seja o nome do Senhor!» (Job 1, 21).

                Embora tudo isto sejam apenas simples pormenores de um dia passado no seio de uma comunidade, o que é certo é que ficam presentes e recordados na vida de cada um, porque – seja na escola, em casa no meio da família, no local de trabalho, em todo o serviço pastoral nas comunidades – todos estes espaços são lugares que precisam do nosso testemunho sobre Jesus Cristo e sobre o Evangelho.

                À comunidade de Meijinhos, em nome da comunidade do Seminário de Nossa Senhora de Lourdes, o nosso bem-haja, bem como a Rev. Pe. Inocêncio e a todas as famílias pelo carinho com que nos receberam. Por todos rezamos e agradecemos a forma como nos acolheram.

Sérgio Carvalho, SMR, in VOZ DE LAMEGO, n.º 4300, ano 85/13, de 10 de fevereiro de 2015

Visita Pastoral de D. António Couto na Paróquia de Meijinhos

 Para recordar

Paróquia de Nossa Senhora da Piedade de Meijinhos

Decorreu nos dias 9 e 12 de Julho.

Pelas 5 horas da tarde, o Sr. Bispo reuniu-se com os crismandos numa das salas da residência paroquial. Seis jovens, um pouco tímidos, mas de coração aberto e disponível para receber o Sr. D. António. A timidez deu lugar à serenidade e à abertura da mente e do coração. O Sr. Bispo começou por explicar os momentos principais da Administração do sacramento do Crisma: a profissão de Fé, a oração e imposição das mãos e a unção. Sempre numa atitude de diálogo, explicou principalmente o  significado da unção. Às seis, a população de Meijinhos reuniu-se na Igreja Paroquial para a celebração da eucaristia e administração do sacramento da Santa Unção. Foi um momento de ternura para com os mais fragilizados e doentes. Desde mais velhinhos aos que se arrastaram com canadianas, todos estavam presentes. A Eucaristia foi animada pelo grupo coral. O sr. Bispo baseando-se nas leituras próprias do dia ferial pediu a todos que temos de ser construtores da paz e da união entre os irmãos. Os irmãos venderam José, mas também foi Deus que o enviou ao Egito para um dia mais tarde os socorrer e ajudar. A conclusão é óbvia: todos nós, como José, temos de ter os braços abertos para receber os nossos irmãos e ser semeadores da paz, do amor e da alegria. Recordou ainda o exemplo de S. Francisco de Assis que se despojou de tudo e começou a viver uma nova vida. No Final deste dia, reuniu-se com os agentes pastorais desta comunidade (Conselho Económico, responsáveis da Mensagem de Fátima do Apostolado da Oração, Grupo Coral, Irmandade do Santíssimo e Comissão da Festa de S. Brás). A Todos os presentes, o Senhor Bispo quis saber o que faziam e como faziam. A todos convidou a fazer uma nova evangelização, recordando as palavras do papa Francisco “Igreja em saída”.

Com muito calor e rajadas de vento, às 4 horas da tarde, a comunidade de Meijinhos recebeu o Sr. Bispo. Este brincou com a situação lembrando o dia de Pentecostes e que faltavam os baldes de óleo para verdadeiramente, na comunidade de Meijinhos se concretizar esse momento ímpar na vida da Igreja.

Iniciou-se a Eucaristia solenizada pelo grupo coral e por toda a assembleia, nomeadamente pelos confirmandos que leram as leituras, a oração dos fiéis e levaram os dons ao altar para o ofertório. Na homilia o Sr. Bispo começou com as palavras da saudação inicial “é com o título de irmãos e irmãs que nos devemos reunir neste local”, depois pegando no salmo 85, salmo do dia, em que nos fala “encontraram-se a misericórdia e a fidelidade, abraçaram-se a paz e a justiça, a fidelidade vai germinar da terra e a justiça descerá do Céu”, falou-nos de árvores novas que temos de cultivar na nossa vida. As árvores da paz, da misericórdia, da justiça e da fidelidade. Do evangelho salientou o envio dos apóstolos dois a dois e enviou-os sem nada, mas pediu-lhes que confiassem nesse Pai (Abba) com ternura, afecto e solicitude. Pediu a todos que sejam capazes de abrir os braços aos irmãos tal como a padroeira Nossa Senhora da Piedade, abriu os abraços ao seu filho com a mesma ternura e amor. O pároco agradeceu ao sr. Bispo a sua presença e as orientações e os convites que nos fez. Ao fim da celebração houve um lanche convívio aberto a toda a população. Sentimos pena de que o Sr. Bispo tivesse tão rapidamente devido às suas tarefas. Para Meijinhos inicia-se uma nova caminhada na vivência da fé.

Padre Inocêncio Fernandes,  in Voz de Lamego, n.º 4321, ano 85/35, de 14 de julho de 2015

Bodas de Ouro Sacerdotais do Padre Inocêncio Dias Fernandes

 

Bodas de Ouro Sacerdotais do Padre Inocêncio Dias Fernandes

   ( Para lembrar e recordar  u Senhor padre Inocêncio)

 O dia 17 de novembro acordou chuvoso, pardacento e frio em contraste com os corações alegres e ansiosos, embora com alguma azáfama na preparação da homenagem que a paróquia de Meijinhos preparava para o nosso Pároco pelas suas bodas sacerdotais e paroquiais.

Meijinhos é uma paróquia pequena, composta por gente humilde, simples e envelhecida, mas congregada à volta do seu pároco e sempre ávida da sua amizade e do seu múnus sacerdotal. Foi assim uma homenagem espontânea, sentida e vivida por todos os habitantes desta pequena aldeia. Não foi preciso nomear uma comissão pois todos nos entreajudámos na limpeza da Igreja, na preparação dos cânticos para a Eucaristia e na organização do lanche convívio.

Às três horas da tarde, a comunidade de Meijinhos reuniu-se na Igreja Paroquial para a celebração da Santa Missa, presidida pelo nosso bispo, D. António Couto, e concelebrada pelo Sr. Vigário Geral, pelo nosso Pároco, pelos colegas jubilados - Cónego Bouça Pires e P. Alfredo Libório e vários colegas sacerdotes. Um elemento da nossa paróquia, em nome de todos os habitantes de Meijinhos, fez a saudação a todos os presentes e agradeceu ao Sr. P. Inocêncio todo o trabalho realizado ao longo destes 50 anos, nomeadamente a amizade, o restauro da Igreja Paroquial e a preocupação com os doentes e as crianças. Na homilia, o Sr. D. António partindo da mensagem do Evangelho, de que o templo de Jerusalém era construído com belas pedras, equiparou essa beleza à da nossa igreja paroquial, insistindo na ideia de que toda essa beleza irá desaparecer- “não ficará pedra sobre pedra”, mas que outra beleza- o amor de Deus- permanecerá para sempre. Dirigiu também uma palavra de agradecimento ao nosso pároco pelo seu trabalho, empenho e alegria manifestados no desempenho das suas tarefas sacerdotais.

No final da Eucaristia, o Sr. P. Inocêncio agradeceu a Deus o dom da vida e do ministério sacerdotal. Mostrou também a sua gratidão para com todas as pessoas, começando pelos seus pais e família, professores, perfeitos do Seminário, bispos e colegas sacerdotes que o ajudaram na sua formação, crescimento e vivência do seu ministério sacerdotal. Terminou, com muito carinho, agradecendo à comunidade de Meijinhos pela homenagem prestada.

Após a Eucaristia, todos os presentes foram convidados a partilhar o lanche e bons momentos de convívio no salão paroquial.

Ao P. Inocêncio, a paróquia de Meijinhos só sabe dizer BEM-HAJA e que Deus lhe dê saúde e alegria para continuar o trabalho de evangelização.

 

 

 

 

           P. Doutor Gonçalves da Costa 

(para lembrar quem foi este Senhor padre)

  

 

P. Doutor Manuel Gonçalves da Costa nasceu em Penude, concelho de Lamego, no dia 1 de Agosto de 1910. Foi ordenado sacerdote a 13 de Maio de 1942. Depois da ordenação sacerdotal, prosseguiu os seus estudos em Letras no Universidade de Dublin, na Irlanda.


Regressado à Diocese de Lamego, foi nomeado Pároco, em 1950, de Meijinhos e Melcões, no Arciprestado de Lamego. Mais tarde, seria também Pároco de Lalim.

Dedicou a maior parte da sua vida à pesquisa e à escrita de obras de carácter histórico, entre as quais se destaca a "História da Cidade e do Bispado de Lamego", monumento literário em 6 volumes. Em 1990, publicou também a obra "Seminários e Seminaristas de Lamego".

Faleceu e 17 de Abril de 1997, em Lamego, cidade onde residiu praticamente toda a sua vida.
.Manuel Gonçalves da Costa nasceu em Quintela, freguesia de Penude, no concelho e diocese de Lamego, no dia 1 de Agosto de 1910.
Iniciou os seus estudos no Seminário de Lamego de onde transitou para um colégio da Companhia de Jesus, em Espanha. Regressado a Portugal, licenciou-se no Instituto Filosófico de Braga, com um trabalho sobre filosofia chinesa.

É ordenado sacerdote em Roma, em 13 de Maio de 1942. Matriculado na Escola de Teologia da Universidade Gregoriana, a II Guerra Mundial obriga-o  a  ir para a Universidade Católica de Granada e, posteriormente, para a Universidade de Dublin, na Irlanda, onde se graduou em História, em 1945. De novo em Roma, especializou-se em Paleografia, dedicou-se à Arquivística na Cúria Geral dos Jesuítas e foi investigador dos Arquivos do Vaticano.

De volta a Portugal, lecciona nos Seminários de Lisboa, Évora e Lamego, em cuja Diocese se fixa, em 1950, tendo sido Pároco de Lalim. É-lhe cometida, pelo Bispo D. João da Silva C. Neves, a missão de escrever a História do Bispado e da Cidade de Lamego, obra que se desenvolve em oito volumes, seis dos quais já publicados. Foi, também, bolseiro da Fundação Gulbenkian para a pesquisa sobre o itinerário do Padre Jerónimo Lobo, explorador e missionário da Etiópia, trabalho apresentado na Universidade de Adis Adeba, em 1966, no âmbito de um Encontro sobre Estudos Etíopes.

A sua vasta obra de investigação histórica é o resultado do labor de um intelectual de envergadura excepcional. Foi admitido como membro da Academia Portuguesa de História em 1975 e agraciado com a Medalha de Ouro pela  Câmara Municipal de Lamego, em Outubro de 1980.
Faleceu em Abril de 1997 e está sepultado no Jazigo do Cabido, no Cemitério de Santa Cruz, em Lamego.


Principais obras publicadas:
Inácio de Azevedo, o homem e a sua época (1946); Itinerário e outros escritos inéditos do Pe. Jerónimo Lobo (1971); Lutas Liberais e Miguelistas em Lamego (1974); Inéditos de Filosofia em Portugal (1978); Fontes Inéditas Portuguesas para a História da Irlanda (1981); História do Bispado e Cidade de Lamego (1977); Jerónimo Lobo reveals Ethiopia to Europe (Adis Adeba, 1969); Seminário e Seminaristas de Lamego (1990).

 

 

domingo, 21 de junho de 2020

Carta aos Leitores e habitantes de Meijinhos

Meijinhos em Festa !Calma não é a Festa do S. Brás, um dia chegamos lá!
Obras em Meijinhos:ou melhor uns melhoramentos.
Caros amigos e habitantes , residentes ou não de Meijinhos, achei por bem dar a conhecer o seguinte:
Numa publicação do Senhor Presidente de Junta da União de Freguesias de Cepões Meijinhos e Melcões, Senhor António Rodrigues, que estava muito orgulhoso das obras(melhoramentos) que estava a fazer em Meijinhos no parque de arrumos, perdão de estacionamento da Fraga, como podem ver nas fotos.
Pois eu também estou orgulhoso de ver que alguma coisa fica feita por este Presidente e todos os de Meijinhos certamente ficam contentes em saber que as verbas a que Meijinhos têm direito, são gastos na nossa terra.
Como muitos sabem ou todos sabem, eu fiz um barraco de arrumos nas traseiras da minha casa nessa rua, e como o acesso ao caminho, são de escadas,ver foto 6, e num dia de trabalho desse mesmo barraco, em conversa com vizinhos e amigos e fornecedores de materiais, ao verem que eu usava umas pranchas metálicas para fazer subir uma carreta de motor, chamo assim para que todos possam saber o que é, me disseram porque não falava com o Senhor Presidente, para que ele fizesse uma rampa para eu poder subir melhor, lembro que seria um melhoramento não só para mim como para todos os vizinhos, porque é um caminho publico.
Eu respondi que ele não ia fazer nada disso, e eles me reponderam que não sabiam porque não fazia uma vez que é caminho publico e seria um bem no futuro para todos e não era umas carretas de massa que a Junta ficava pobre.
Mas eu como não gosto de pedir nada a ninguém, tratei de me arranjar assim como estava e com as pranchas metálicas.
Mas agora quando vi que a Junta, andava a fazer uns melhoramentos na rua, e muito bem que já fazia falta como podem ver nas fotos,2, e 3.
Eu perguntei ao Senhor presidente, se não podia fazer a tal rampa para o acesso ao caminho, uma vez que andavam lá na mesma rua e umas carretas de massa e ficava resolvido.
Pois ele me respondeu que não fazia rampas para ninguém.
Muito bem Senhor Presidente António Rodrigues, mas depois vi umas fotos e nelas reparei que andavam a preparar uma rampa privada, lembro que não tenho nada contra as pessoas beneficiadas, tudo que seja melhoramentos é bem feito, então eu confrontei o Senhor António Rodrigues dizendo, mas não andam a fazer uma rampa para privados, a foto foi a 4, no qual ele me disse que era para endireitar para que o trator chegasse mais a frente para poder descarregar a massa penso eu.
Depois via a foto 5, e reparei que realmente era mesma uma rampa, então aí voltei a perguntar ao Senhor António Rodrigues, afinal é mesmo uma rampa que fizeram! e ele me respondeu: há ali aquele canto era só para juntar lixo.
Senhor António Rodrigues, vamos lá ser honestos e claros, não gostei nada da sua explicação e argumentos! se vai tirar o lixo de todos os cantos que Meijinhos têm vai ter muito que fazer.
A pergunta foi minha e a resposta foi sua e mais não posso fazer apenas ficou registada.
Pois é meus amigos e vizinhos, eu pedir, pedi, mas a resposta foi negativa.
Agora peçam vocês, uma vez que é para bem de todos, e porque o Senhor António Rodrigues ouve alguém, menos a mim.
Quero com isto apenas dar a conhecer aqueles que me deram a ideia de pedir, e ficarem a conhecer o resultado final, lembro mais uma vez que não tenho nada contra as pessoas beneficiadas ok?
Quanto ás obras(melhoramentos) porque obras habituaram nos quando se falava em obras, eram mesmo grande obras feitas por o ultimo Senhor Presidente Manuel Fernandes, mas isso um dia falaremos e comparamos com os trabalhos deixados feitos que é isso que conta para a história de Meijinhos.
Senhor António Rodrigues, para além de não atender ao meu pedido, pode contar com todo o meu apoio quando se trata de melhoramento para a minha terra que tanto gosto, e tenho a certeza de que todos pensam o mesmo e não vai ser esta nega que vai acabar com a amizade que temos já a alguns anos, mas também não me vou calar quando vejo que alguma coisa menos boa, e que eu penso que devo falar.
Já agradeci a muitas(poucas) coisas feitas e cá estarei para criticar quando vejo que o devo fazer.
Um grande abraço para todos incluindo o Senhor António Rodrigues, e já agora não se esqueça de sempre se orgulhar de alguma coisa feita por Meijinhos, tal como as outras terras, temos direito a verbas para melhoramentos, e são as obras deixadas feitas que orgulham os homens e ficam na história para um dia se recordar.
Suiça,20.06.2020
João






domingo, 3 de novembro de 2019

Comemoração das Bodas de Ouro Sacerdotais do Senhor Padre Inocêncio António Dias Fernandes


Comemoração das Bodas de Ouro Sacerdotais do Senhor Padre Inocêncio António Dias Fernandes.




Pároco de Nossa Senhora da Piedade de Meijinhos.
Data de Ordenação, 31.07.1969.

50 Anos de Sacerdócio!… Uma vida nos 74 anos de idade do Padre Inocêncio António Dias Fernandes, pároco de Meijinhos desde 1969 . Uma vida consagrada ao mistério do cristianismo, em função do bem e do chamamento de Deus, que não se fica apenas pelos anos de sacerdote, acrescendo os anos de estudos teológicos até à ordenação sacerdotal.

50 Anos de Sacerdócio são, verdadeiramente, um marco especial na vida de quem abraçou a bonita e delicada missão de pastorear a Fé e conduzir os fiéis à salvação. Marco esse feito de boas e menos boas experiências, caldeado pelas exigências das céleres e multifacetadas transformações de um meio século de vida, superadas com compreensão, doação e perseverança.

Os paroquianos do Senhor Padre Inocêncio, não deixaram passar a efeméride sem lhe prestar a merecida homenagem, aderindo  ao convívio festivo  para o efeito se realizara no Domingo, 17 de Novembro 2019. O convívio tomou proporções de alargada participação de muitos paroquianos de Meijinhos, onde tera lugar o convívio de confraternização e à respectiva sessão solene e à festa de homenagem.

Desde já o meu muito obrigado ao Senhor Padre Inocêncio e muitos parabéns por os seus 50 anos ao serviço de todos os paroquianos de Meijinhos.

Muito obrigado também a todos os que estão a organizar  esta grande festa e assim como todos que irão participar nesta merecida comemoração.
Para mais informações para este convívio, contactar:

António Carvalho
António do Paço




sábado, 12 de maio de 2018

Carta Aberta À População e Amigos de Meijinhos


Steffisburg(Suiça), 10.05.2018
Caros amigos e conterranêos, depois de tantos comentários e suru-rus, resolvi dar a minha opinião.
Sei que não sou a pessoa certa para estas coisas, mas não posso ficar calado com isto tudo.Também sei que não tenho voto na matéria como já fui acusado e que sou um ignorante, tudo isto por não estar recenseado em Meijinhos, mas sou nascido e criado e tenho alguns poucos bens lá e por isso quer queiram ou não tenho orgulho de ser de Meijinhos.
Também já fui acusado de roubar fotos e vídeos que outros partilham nas redes sociais etc etc.
Pobres gentes, eu se fiz isso foi para divulgar a nossa terra e não para mim próprio, e tudo que se partilha nas redes sociais passa a ser publico. Eu quando partilho nas redes sociás é para ser publico, as minhas coisa privadas não publico ficam para mim, por iso o que publique podem partilhar a vontade, já o faço a mais de 15 anos e com todo o gosto.
Em primeiro lugar eu dou a cara e não mando escrever por ninguém nem publicar por ninguém, nem ninguém me mandou escrever nem publicar, faço o por minha livre vontade e porque acho que o devo fazer, não ando nem nunca andei a mando de ninguém, muitas vezes pago por isso tudo mas isso é outra história.
Também sei que não sei escrever, porque só fiz a quarta classe e mal, por isso as minhas desculpas por os erros, mas tento escrever sem que não seja preciso recorrer a dicionários para descobrir algumas palavras.
Ponto N°-1
Comissão de festas(mordómos), a festa do S. Brás sempre foi e será uma festa religiosa, ou seja: sem Novena, sem Missa e sem Procissão, não é festa do Milagroso S. Brás!
A festa de convívio é outra coisa, o que eu acho muito bem e gosto e já participei com todo o gosto em algumas vezes, agora por favor misturar as coisas não, como já li em alguns comentários faz a festa sem a parte religiosa.
Por o que já li, a comissão de festas(mordomos) foram falar com o Senhor Padre e ele parece que disse que não quer participar nem ajudar a realizar a Festa Religiosa, têm todo o direito de o fazer sendo eu contra isso.
Nesse caso a comissão de festas(mordomos) deveriam juntar-se todos, e ir formalmente falar com o Senhor Padre, e esclarecer tudo para que não haja qualquer duvida e para terem a certeza da intenção do Senhor Padre, para assim poderem ir enfrente e para não deixarem acabar a parte Religiosa também.
Então ai nesse caso,se o Senhor Padre formalmente disser que nem ajuda nem participa, toda a comissão de festas(mordomos) deveriam juntar-se e pedir uma audiência ao Senhor Bispo da Diocese de Lamego e contar o que se está a passar, para que se possa realizarem as festas Religiosas como sempre e normalmente foi, com outro Padre talvez!
Se mesmo assim não for possível fazer a festa Religiosa, então façam festa convívio sempre é melhor que nada.
Ponto N°-2
Senhor Padre, tenho grande estima e respeito por o senhor, fez-me algumas cerimonias religiosas a mim e a todos os meus filhos e nunca é demais agradecer, por isso o meu muito obrigado.
Quanto à festa do S. Brás, acho muito mal o Senhor não querer ajudar nem participar, talvez ai deve haver uns mal intendidos e mexericos por o meio, mas Senhor Padre, Deus que é Deus não agradou a todos e por isso, não deveria dar ouvidos a certas pessoas nem ir por ninguém, a Religião Católica não é isso e o Senhor Padre sabe melhor que eu, sabendo eu que o Senhor Padre têm todo direito de o fazer, acho muito mal não ajudar, se por qualquer motivo não o poder fazer, muito bem arranje alguém que o venha fazer e fica tudo resolvido.
Quanto a nomeação dos mordomos, acho mal porque o Senhor Padre sempre o fez, porque não o faz agora?
Não têm todos por pagar por um ou outro que tenha agido menos correto talvez digo eu.
Ponto N°-3
Já ouvi muito falar que estão a voltar a unir a população de Meijinhos!!!!
Como pergunto eu?
Fazerem magustos e churrascadas em casas particulares em dias que outros fazem festas ou convívios públicos?
Desculpem mas isso não é unir a população, porque as festas privadas não têm nada a haver com convívios , os convívios são feitos em lugares públicos e próprios, todo o resto feito em casas particulares, não são convívios, porque em casas particulares só vai quem é convidado, e nos lugares públicos eu vou mesmo sem ser convidado, posso não comer nem beber mas estou presente e ninguém têm o direito de me expulsar.
Então porque não o fizeram isso com a festa do S. Bras 2018, uma vez que ninguém se juntava para fazer a festa?
Juntavam-se e se não queriam pedir ao Senhor Presidente para usarem o salão e churrasqueira, faziam no largo para todos, isso sim era uma maneira de mostrar união e vontade de fazer as coisas.
Ponto N°.4
União de Freguesias: Cepões, Meijinhos e Melcões.
Como sabem eu sempre fui a favor de Meijinhos continuar com Freguesia independente.
Como isso não foi possível, tinha a minha preferência que todos conheciam, mas eu como já disse acima, não tinha voto na matéria e sou um ignorante, mesmo assim dei a minha opinião.
Portanto, agora só temos que respeitar o Senhor Presidente da mesma União de Freguesias, por ser fora da nossa terra não o vamos agora criticar por tudo e por nada.
Já fui contra ele e serei sempre contra ele quando eu vir que tenho razão, agora não o devemos criticar quando ele convida a todos para um convívio e uns quanto não vão e depois criticam que vai, isso é uma politica podre.
Eu já participei e volto a participar sempre que seja convidado e com muito gosto, tanto da parte dele como outra parte que faça um convívio, eu para comer estou sempre presente seja onde for e com quem for, dou me bem com muita gente e assim quero continuar.
Dizem que o Senhor Presidente só quer é acabar com tudo em Meijinhos!
Pois não é isso que eu tenho visto, deixem o trabalhar, e critiquem ao fim se tiverem razão para isso.
Se o homem manda limpar as ruas ai porque faz pó, se manda botar herbicida para limpar as ervas aquele derreio que é perigoso etc etc, entre outras coisas mais.
Sei que tudo o que ele fizer é pouco e eu concordo que ele faça mais sim, mas para isso depende de muita coisa, verbas para isso e também iniciativa do povo para que ele possa ouvir e saber do que é preciso na nossa aldeia.
Eu já falei com ele em algumas coisas que deveriam ser feitas, por ser amigo dele não foi por isso que que já o fez, pois mas eu não me vou calar até que seja feito o que eu acho que deve ser feito. E por falem com ele e dêem ideias, não devemos criticar nem desgostar do homem só porque ele é de fora da nossa aldeia.
Chegarem ao ponto de dizer que ele só olha para os amigos e apóstolos e merendeiros etc etc.
Então quem foi que andou por as portas a pedir para assinarem para irem ter com ele, repito terem com ele, não foi ele que veio pedir para Meijinhos irem para Cepões correto?
Fomos entregues por uns quantos, que até se fizeram, ou melhor se auto proclamaram representantes de Meijinhos.
Eu tenho em minha posse desses documentos que posso provar e ver quem são os apóstolos e merendeiros e judas etc etc, será que o fizeram também a procura de tacho?
Já que se fala tanto de amigos e merendeiros, feijocas e apóstolos etc etc.
Agora só falam que ele só convida os amigos dele, isso não é verdade, merendeiros,feijocas discípulos, apóstolos etc etc, deixem -se disso unam-se de verdade e sejam exigentes mas com respeito.
Isto dá para entender que á muita gente que só olha por seus interesses, viram-se como o vento e até se esquecem de certas coisas ,improváveis de esquecer, e depois falam dos outros e até viram a cara ser não forem a favor deles, lembrem-se que estamos na democracia e viva a liberdade, dá para ver a união que vai na nossa aldeia, ameaças, provocações e outras coisas mais, não é isso que herdamos dos nossos antepassados.
Muita coisa haveria para dizer e muita coisa sei para contar, mas fica para outra altura, sei que vou ser criticado por isso, mas não estou a criticar ninguém é apenas a minha opinião, podem partilhar podem distribuir esta carta que eu não me vou chatear por isso, se estou a escrever e publicar é para ser publico mesmo.
Quanto à festa, só contribui quem quer, eu não contribui este ano e não tenho intenção de contribuir mais até que as coisas fiquem bem ou melhores, mas sempre que esteja presente contribuo com todo o gosto, a esmola para o santo é outra coisa, na Igreja está lá uma caixa para se dar a esmola, mas não critico ninguém que o faça e sempre que eu poder e intender que devo ajudar o farei com todo o gosto.
Vamos acabar com as guerras e deixar de criticar seja quem for, tanta gente que nem de Meijinhos é e vai la com todo o gosto e têm carinho por as nossas gente e por a nossa terra e não merecem ver as tristes senas que nos fazemos por politica ou por nosso interesse.
Meijinhos sempre, viva o S. Brás e viva Meijinhos
António João Rodrigues Pereira

terça-feira, 11 de abril de 2017

Semana Santa



                      

               
O Domingo de Ramos abre, por excelência, a Semana Santa, pois celebra a entrada triunfal de Jesus Cristo, em Jerusalém, poucos dias antes de sofrer a Paixão, a Morte e a Ressurreição.
Este domingo é chamado assim, porque o povo cortou ramos de árvores, ramagens e folhas de palmeiras para cobrir o chão por onde o Senhor passaria montado num jumento. Com isso, Ele despertou, nos sacerdotes da época e mestres da Lei, inveja, desconfiança e medo de perder o poder. Começa, então, uma trama para condená-Lo à morte.
A liturgia dos ramos não é uma repetição apenas da cena evangélica, mas um sacramento da nossa fé, na vitória do Cristo na história, marcada por tantos conflitos e desigualdades.

                               
quarta-feira-santa
Procissão do encontro
Em muitas paróquias, especialmente no interior do país, realiza-se a famosa "Procissão do Encontro" na Quarta-feira Santa.
Os homens saem, de uma igreja ou local determinado, com a imagem de Nosso Senhor dos Passos; as mulheres saem de outro ponto com Nossa Senhora das Dores. Acontece, então, o doloroso encontro entre a Mãe e o Filho. O padre proclama o célebre "Sermão das Sete Palavras", fazendo uma reflexão, que chama os fiéis à conversão e à penitência.
                    
quinta-feira-santa
Santos óleos
Uma das cerimônias litúrgicas da Quinta-feira Santa é a bênção dos santos óleos usados durante todo o ano pelas paróquias. São três os óleos abençoados nesta celebração: o do Crisma, dos Catecúmenos e dos Enfermos.
Ela conta com a presença de bispos e sacerdotes de toda a diocese. É um momento de reafirmar o compromisso de servir a Jesus Cristo.
Lava-pés
O Lava-pés é um ritual litúrgico realizado, durante a celebração da Quinta-feira Santa, quando recorda a última ceia do Senhor.
Jesus, ao lavar os pés dos discípulos, quer demonstrar Seu amor por cada um e mostrar a todos que a humildade e o serviço são o centro de Sua mensagem; portanto, esta celebração é a maior explicação para o grande gesto de Jesus, que é a Eucaristia.
O rito do lava-pés não é uma encenação dentro da Missa, mas um gesto litúrgico que repete o mesmo gesto de Jesus. O bispo ou o padre, que lava os pés de algumas pessoas da comunidade, está imitando Jesus no gesto; não como uma peça de teatro, mas como compromisso de estar a serviço da comunidade, para que todos tenham a salvação, como fez Jesus.
Instituição da Eucaristia
Com a Santa Missa da Ceia do Senhor, celebrada na tarde ou na noite da Quinta-feira Santa, a Igreja dá início ao chamado Tríduo Pascal e faz memória da Última Ceia, quando Jesus, na noite em que foi traído, ofereceu ao Pai o Seu Corpo e Sangue sob as espécies do Pão e do Vinho, e os entregou aos apóstolos para que os tomassem, mandando-os também oferecer aos seus sucessores.
A palavra "Eucaristia" provém de duas palavras gregas "eu-cháris", que significa "ação de graças", e designa a presença real e substancial de Jesus Cristo sob as aparências de Pão e Vinho.
Instituição do sacerdócio
A Santa Missa é, então, a celebração da Ceia do Senhor, quando Jesus, num dia como hoje, véspera de Sua Paixão, "durante a refeição, tomou o pão, benzeu-o, partiu-o e o deu aos discípulos, dizendo: 'Tomai e comei, isto é meu corpo'." (cf. Mt 26,26).
Ele quis, assim como fez na última ceia, que Seus discípulos se reunissem e se recordassem d'Ele abençoando o pão e o vinho: "Fazei isto em memória de mim". Com essas palavras, o Senhor instituiu o sacerdócio católico e deu-lhes poder para celebrar a Eucaristia.

      
sexta-feira-santa
Sexta-feira da Paixão
A tarde da Sexta-feira Santa apresenta o drama incomensurável da morte de Cristo no Calvário. A cruz, erguida sobre o mundo, segue de pé como sinal de salvação e esperança. Com a Paixão de Jesus, segundo o Evangelho de João, contemplamos o mistério do Crucificado, com o coração do discípulo Amado, da Mãe, do soldado que o transpassou o lado. Há um ato simbólico muito expressivo e próprio deste dia: a veneração da santa cruz, momento em que esta é apresentada solenemente à comunidade.
Via-sacra
Ao longo da Quaresma, muitos fiéis realizam a Via-Sacra como uma forma de meditar o caminho doloroso que Jesus percorreu até a crucifixão e morte na cruz.
A Igreja nos propõe esta meditação para nos ajudar a rezar e a mergulhar na doação e na misericórdia de Jesus que se doou por nós. Em muitas paróquias e comunidades, são realizadas a encenação da Paixão, da Morte e da Ressurreição de Jesus Cristo por meio da meditação das 14 estações da Via-Crúcis.
                           
sabado-santo
Sábado Santo
O Sábado Santo não é um dia vazio, em que "nada acontece". Nem uma duplicação da Sexta-feira Santa. A grande lição é esta: Cristo está no sepulcro, desceu à mansão dos mortos, ao mais profundo que pode ir uma pessoa. O próprio Jesus está calado. Ele, que é Verbo, a Palavra, está calado. Depois de Seu último grito na cruz – "Por que me abandonaste?" –, Ele cala no sepulcro agora. Descanse: "tudo está consumado!".
Vigília Pascal:
Durante o Sábado Santo, a Igreja permanece junto ao sepulcro do Senhor, meditando Sua Paixão e Morte, Sua descida à mansão dos mortos, esperando, na oração e no jejum, Sua Ressurreição. Todos os elementos especiais da vigília querem ressaltar o conteúdo fundamental da noite: a Páscoa do Senhor, Sua passagem da morte para a vida.
A celebração acontece no sábado à noite. É uma vigília em honra ao Senhor, de maneira que os fiéis, seguindo a exortação do Evangelho (cf. Lc 12,35-36), tenham acesas as lâmpadas, como os que aguardam seu senhor chegar, para que, os encontre em vigília e os convide a sentar à sua mesa.

Bênção do fogo
Fora da Igreja, prepara-se a fogueira. Estando o povo reunido em volta dela, o sacerdote abençoa o fogo novo. Em seguida, o Círio Pascal é apresentado ao sacerdote. Com um estilete, o padre faz nele uma cruz, dizendo palavras sobre a eternidade de Cristo.
Assim, ele expressa, com gestos e palavras, toda a doutrina do império de Cristo sobre o cosmos, exposta em São Paulo. Nada escapa da Redenção do Senhor, e tudo – homens, coisas e tempo – estão sob Sua potestade.
Procissão do Círio Pascal
As luzes da igreja devem permanecer apagadas. O diácono toma o Círio e o ergue, por algum tempo, proclamando: "Eis a luz de Cristo!". Todos respondem: "Demos graças a Deus!".
Os fiéis acendem suas velas no fogo do Círio Pascal e entram na igreja. O Círio, que representa o Cristo Ressuscitado, a coluna de fogo e de luz que nos guia pelas trevas e nos indica o caminho à terra prometida, avança em procissão.
Proclamação da Páscoa
O povo permanece em pé com as velas acesas. O presidente da celebração incensa o Círio Pascal. Em seguida, a Páscoa é proclamada.
Esse hino de louvor, em primeiro lugar, anuncia a todos a alegria da Páscoa, a alegria do Céu, da Terra, da Igreja, da assembleia dos cristãos. Essa alegria procede da vitória de Cristo sobre as trevas. Terminada a proclamação, apagam-se as velas.
Liturgia da Palavra
Nesta noite, a comunidade cristã se detém mais que o usual na proclamação da Palavra.
As leituras da vigília têm uma coerência e um ritmo entre elas. A melhor chave é a que nos deu o próprio Cristo: "E começando por Moisés, percorrendo todos os profetas, explicava-lhes (aos discípulos de Emaús) o que dele se achava dito em todas as Escrituras" (Lc 24, 27).
Liturgia Batismal
A noite de Páscoa é o momento que tem mais sentido celebrar os sacramentos da iniciação cristã. O sacerdote que preside a celebração, nesta noite, tem a faculdade de conferir também a confirmação do batismo, para fazer visível a unidade dos sacramentos da iniciação.
Se houver batismo, deverão chamar os catecúmenos, que serão apresentados pelos padrinhos à Igreja reunida.
Ladainha de todos os santos
Nós, Igreja peregrina, em profunda comunhão com a Igreja do Céu, reafirmamos nossa fé e pedimos a intercessão daqueles que nos precederam na glória do Cristo ressuscitado.
Bênção da água batismal
Durante a oração, o sacerdote mergulha o Círio Pascal na água uma ou três vezes. Se houver batismo, cada catecúmeno renuncia ao demônio, faz a profissão de fé e é batizado.
A bênção da água trata-se, sobretudo, de bendizer a Deus por tudo o que Ele fez, por meio da água, ao longo da História da Salvação. Neste momento, o padre implora ao Senhor que, hoje, também este sinal atualize o Espírito de vida sobre os batizados.
Renovação das promessas batismais
Após o rito do batismo (se houver) ou da bênção da água, todos, em pé e com as velas acesas, renovam as promessas do batismo.
Terminada a renovação das promessas, o sacerdote asperge o povo com a água benta, enquanto todos cantam. Neste dia, é omitido o creio; em seguida, é presidida a oração dos fiéis.
Liturgia Eucarística
A Celebração Eucarística é o ápice da Noite Pascoal. É a Eucaristia central de todo o ano, mais importante que a do Natal ou da Quinta-feira Santa. Cristo, o Senhor Ressuscitado, nos faz participar de Seu Corpo e de Seu Sangue, como memorial da Sua Páscoa. É o ponto mais importante da celebração.
                     

domingo-da-pascoa
Domingo da Ressurreição
É o dia santo mais importante da religião cristã. Depois de morrer crucificado, o corpo de Jesus foi sepultado, ali permaneceu até a ressurreição, quando seu espírito e seu corpo foram reunificados. Do hebreu "Peseach", Páscoa significa a passagem da escravidão para a liberdade.
A presença de Jesus ressuscitado não é uma alucinação dos Apóstolos. Quando dizemos "Cristo vive" não estamos usando um modo de falar, como pensam alguns, para dizer que vive somente em nossa lembrança.